quinta-feira, 21 de julho de 2016

Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga

Leia com atenção o texto abaixo e responda às perguntas que se seguem. 

Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga

INTRODUÇÃO

A Grécia Antiga deixou para toda humanidade, principalmente para o mundo ocidental, um dos mais expressivos legados culturais da história.

A história das civilizações inicia-se por volta do quarto milênio a.C. no Oriente Médio com as civilizações fluviais nos vales do Tigre e Eufrates. Até então, os exercícios executados pelo homem eram involuntários, em busca da caça para sobrevivência. O esporte em si nasce com os gregos.
Os gregos iniciaram o culto ao corpo e em homenagem ao deus supremo inauguraram os Jogos Olímpicos. 





Apesar de falarem a mesma língua e de terem unidade cultural, os gregos antigos não tinham unidade política, encontrando-se divididos em 160 Cidades-Estado, que a cada quatro anos se reuniam num festival religioso na cidade de Olímpia, deixando de lado suas divergências.

ORIGEM DOS JOGOS

Os antigos gregos tinham mais de 50 feriados religiosos e eventos esportivos, onde destacavam-se os Jogos Olímpicos. Eram assistidos por visitantes vindos de todas Cidades-Estado que formavam o mundo grego.

Sediado na cidade de Olímpia, em homenagem a Zeus (deus supremo da mitologia grega), os Jogos Olímpicos foram inaugurados em 776 a C. Os jogos contavam com participantes de todas as partes da região grega do Peloponeso. Eram realizados a cada quatro anos na cidade de Olímpia, durante o verão.

AS MODALIDADES


Os primeiros jogos limitavam-se a uma única corrida com cerca de 192 metros. Em 708 a C., acrescentou-se o pentatlo (competição formada por cinco modalidades atléticas incluindo luta livre, salto de distância, corrida, lançamento de disco e lançamento de dardo) e posteriormente o pancrácio (luta similar ao boxe). Em 680 a C. foi incluída a corrida de carros. Os veículos corriam sobre rodas baixas, sendo puxados por dois ou quatro cavalos. 

Em 600 a C., foi erguido o templo de Hera (esposa de Zeus), onde passaram a ser depositadas coroas de louros para os campeões. O estádio ganhou tribunas de honra. Existiam também hotéis para as pessoas importantes. 

Originalmente os atletas competiam nus e apenas os cidadãos livres poderiam competir, sendo excluídas as mulheres. Os atletas que infringiam as regras estabelecidas, eram multados rigorosamente, sendo que da receita das multas eram erguidas estátuas de bronze a Zeus. Os vencedores recebiam uma palma ou coroa de oliveira, além de outras recompensas de sua cidade, para a qual a vitória representava grande glória. De volta à terra natal eram triunfalmente acolhidos. A homenagem podia consistir até na construção de uma estátua do vencedor, além de poemas que poderiam ser escritos.

Os Jogos Olímpicos acabaram juntamente com a antiga cultura grega, tendo sido banidos em 393 pelo imperador cristão Teodósio.


UMA OCASIÃO RELIGIOSA

Caso as cidades gregas estivessem envolvidas em guerras durante a realização dos jogos, proclamava-se uma trégua sagrada (ekekheiria), que concedia uma espécie de salvo-conduto aos viajantes a caminho de Olímpia. Na verdade, esses viajantes não iam à Olímpia apenas para os jogos. Iam para o festival religioso, para conversar com outras pessoas vindas de Argos, Esparta, Atenas, Tebas ou outras cidades. Nessa ocasião, poetas e oradores aproveitavam-se do grande afluxo de pessoas para tornarem-se mais conhecidos através da declamação de suas obras. Outros ainda aproveitavam o momento, para diversificar seus negócios, realizados numa grande feira. Pode-se fazer uma idéia aproximada do número de pessoas presentes no festival, considerando o fato de o estádio de Olímpia comportar 40 mil pessoas sentadas.
Na entrada de Olímpia estava o ginásio, onde os atletas podiam treinar. Mente e corpo estavam juntos no ginásio, que era o lugar tanto para conversação e para o aprendizado, quanto como para o exercício e a luta.

Apesar do espírito de competição, não podemos nos esquecer de que o Festival Olímpico era antes de tudo uma ocasião religiosa, onde o centro de tudo era o grande templo de Zeus. Mais de cem bois eram sacrificados no altar em frente ao templo e seu interior era dominado por uma estátua do deus coberta de ouro. Em frente a ela cada atleta tinha que fazer um sacrifício e orar antes do começo. Existia um comitê organizador que decidia se a moral do atleta lhe dava o direito de competir.


NA ERA MODERNA: "O IMPORTANTE É COMPETIR".

Após o banimento no final do século IV, os Jogos Olímpicos voltaram a acontecer em 1896 na cidade de Atenas, por iniciativa do Barão de Coubertin. 

As delegações desfilando em Atenas na primeira olimpíada da era moderna

O ideal olímpico é representado pela velha máxima "O importante não é vencer, é participar". A frase não condiz com a realidade olímpica dos tempos modernos, onde o esporte é visto como "guerra" e cada vez mais são encontradas evidências de doping.

Atualmente os jogos contam com mais de 6 mil competidores de cerca de 100 países que disputam mais de 20 modalidades. A tocha olímpica ainda brilha, talvez não com a mesma chama clara e intensa que inspirava seus primórdios há 2 mil e quinhentos anos atrás. Porém, ela ainda pode impulsionar o objetivo de que a cada quatro anos as nações do mundo deveriam esquecer suas diferenças para se unirem em amizade e competição, como as cidades-estado da antiga Grécia.

FONTE: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=210

Agora responda em seu caderno as perguntas a seguir:

1) Na Grécia Antiga, os Jogos Olímpicos eram considerados muito mais do que apenas uma competição esportiva. Explique esse fato.

2) Todas as civilizações antigas participavam dos Jogos Olímpicos? Justifique.

3) O que os Jogos Olímpicos representavam para a Grécia?

4) Aponte as modalidades dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga que continuam sendo praticados na Olimpíadas atuais

5) Aponte uma semelhança entre os Jogos Olímpicos antigos e os atuais

6) Aponte uma diferença entre os Jogos Olímpicos antigos e os atuais.

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